Não quero desestimular a tua leitura, mas devo fazer um alerta, caro leitor: por mais que o assunto seja o jogo da quarta-feira passada, não espere um texto à altura do futebol apresentado pelo Grêmio.
Aliás, nem teria como. Fazer o que o Tricolor fez em uma semifinal de Libertadores e fora de casa não é para qualquer um. A vaga na final obviamente não está garantida, afinal isso é futebol e tudo pode acontecer, mas está muito bem encaminhada.
Difícil tecer um elogio ou estabelecer uma linha de raciocínio que iguale em qualidade o que foi o desempenho do time contra o Barcelona do Equador. Faltou Michel, mas Jaílson deu conta do recado. Era um jogo para Marcelo Oliveira, já que o lado direito do adversário é forte no ataque, mas Cortês também foi bem, aliás, iniciou a jogada do primeiro gol.
Por falar em lateral e em gol, Edílson foi um dos destaques. Marcou um gol de falta com muita inteligência e foi o autor da assistência para Luan anotar o terceiro. O camisa 7 fez no Equador tudo o que se espera dele. Foi a referência técnica do time.
O Grêmio sofreu pressão em alguns momentos, mas na maior parte do jogo conseguiu atuar sem ser sufocado em seu campo de defesa. O time marcou, mas não se retrancou. Perfeição é a palavra que resume o desempenho tático dos comandados de Renato Portaluppi. Difícil é achar uma palavra para definir a defesa de Marcelo Grohe no segundo tempo. Nem vou tentar.
Coluna escrita pelo jornalista Rodolfo Sgorla da Silva
Segunda-feira, 23 de Abril de 2018